Jornada de pesca no Alqueva

Depois da leitura de tantos artigos e da visualização de muitos vídeos e fotografias, lá chegou um dos momentos marcantes na vida de um pescador de Achigã, pescar no Grande Lago - Alqueva.
Esta jornada começou no Entroncamento pelas 14H30 no dia 04OUT09 a caminho da barragem, por que uma boa viagem é essencial para que a jornada corra bem, a equipa era constituída por mim, mais os amigos Paulo e o Sr. Luís.
Chegamos por volta das 17H30, depois de mais ou menos 250 Km de estrada. Devido às alterações estruturais da zona não podemos aceder ao local que o Paulo já conhecia, com uma boa rampa para colocar o barco, seguimos em direcção à Aldeia da Luz e procuramos um local adequado para desatrelar o barco, que nem sempre é fácil devido à pouca inclinação na margem desta zona.
Ainda na margem verificamos que estávamos numa boa zona, eram visíveis bastantes coberturas naturais (árvores) no interior da massa de água e nas margens existiam muitas ervas e muita lenha, assim zarpamos ao encontro dos achigãs aí instalados, ou não!!!!.
E estavam mesmo, segundo o que tenho lido e também o que diz o amigo Paulo, o Alqueva já não é o que era, mas o que consta é que ao terceiro lançamento que fiz ferrei um bom achigã e fiquei surpreendido e isto porquê, talvez pelo facto da nós pescarmos maioritariamente na barragem de Castelo do Bode e para apanharmos um bom peixe sejam necessárias duas ou três horas, na maior parte das vezes.
Todos ferramos bons peixes, estávamos realmente numa zona propícia às emboscadas dos achigãs, fiquei impressionado com a quantidade ainda existente de copas de árvores submersas, mais um ponto a nosso favor.
No dia seguinte foi continuação de bom tempo, isto é, seguimos para a mesma zona e os peixes continuaram a aparecer a bom ritmo, nunca irei esquecer os furiosos ataques às poppers, algo de espectacular. Fechamos com um exemplar de 1.720 Kg apanhado pelo Paulo.
Uma palavra de agradecimento ao Sr. Hélio da Aldeia da Luz pela hospitalidade e disponibilidade demonstradas, colocando ao nosso dispôr as infra-estruturas do clube local para pernoitar.
Foi uma jornada em grande com o regresso no pensamento.

Um abraço especial ao amigo Paulo que por motivos profissionais se encontra a laborar em Angola.

Grandes, enormes ou pequenos e médios Achigãs

Muitos de nós já vimos certamente alguns filmes americanos sobre a pesca ao achigã e quer queiramos ou não, mais que as técnicas executadas com grande mestria pelas lendas americanas, o tamanho dos peixes apanhados e visualizados deixa-nos sempre com água na boca (pelo menos nos filmes).
Não menosprezando nunca alguns pescadores nacionais de eleição, que também nos apresentam bons espécimes, perdoem-me todos os outros, tais como Hermínio Rodrigues e Jaime Sacadura, refiro estes porque já assisti a algumas palestras destes e também tenho lido alguns artigos.
Voltando ao tamanho dos peixes, todos sabem ou quase todos, que a sua origem é na América do Norte, com o nome científico Micropterus salmoides de que derivam duas subespécies, o Micropterus salmoides salmoides e o Micropterus salmoides floridanus, e é aqui que começam as grandes diferenças.
Existem vários factores que contribuem bastante para o desenvolvimento de ambas, o tamanho da massa de água, qualidade desta, a temperatura, disponibilidade de alimento, a pressão de pesca entre outros.
A grande diferença que acarreta todas as outras, estudada por biólogos americanos, é a agressividade dos peixes, sendo o Micropterus salmoides salmoides muito mais agressiva, esta subespécie suporta melhor temperaturas mais baixas, em condições normais leva aproximadamente 3 anos para atingir 1kg, o Micropterus salmoides floridanus é menos agressivo, cresce rapidamente e atinge maiores tamanhos, em condições normais em apenas 1 ano consegue atingir aproximadamente 1kg.
Os biólogos americanos têm feito bastantes experiências, cruzando várias vezes as subespécies, com o intuito de criar uma estirpe que alie a agressividade do salmoides ao tamanho do floridanus.
Se praticarmos o Pescar e Libertar também vamos contribuir para a manutenção da agressividade dos nossos achigãs, isto é, é natural que os peixes que ferramos sejam os mais agressivos naquela massa de água.

Campeonato Europeu de Rio

Realizou-se na Eslovénia em Radace a 15ª edição do Campeonato Europeu de Rio.
A Selecção Nacional conquistou o 9º lugar na geral em 27 equipas, é claro que não foi falta de empenho, mas os peixes que dominaram estas águas na Eslovénia foram vimbas e gardons, peixes inexistentes em Portugal, marcando de alguma forma o decorrer da competição.
A selecção vencedora foi a Hungria, seguindo-se a Bélgica e a Inglaterra.

Possível Record Mundial de Achigã

Foi no Japão, mais precisamente no lago Biwa, no dia 2 de Julho que o japonês Manabu Kurita de 32 anos capturou um achigã com 10,12 kg com 73,5 cm, da subespécie floridanus.
George Perry é detentor do actual record desde à 77 anos, record esse se irá manter, isto porque segundo as regras da IGFA, é necessário uma diferença de 56 grs para bater o record e a diferença é de 28 grs.
Assim Kurita deverá partilhar o record mundial com o americano Perry.

Abertura ao Achigã 2009

Finalmente chegara o mês do ano em que a maior parte dos pescadores de água doce tanto desejou. Tal como em anos anteriores fui com o meu amigo Paulo Maniés testar a difícil massa de água da Barragem de Castelo do Bode. Iniciamos esta jornada no dia 16 de Maio, de acordo com o testemunho aqui feito no ano passado, o tempo também estava bastante incerto, chovendo por periodos incertos na semana anterior e a temperatura encontrava-se baixa para esta prática desportiva (+/- 18ºC) . No ano anterior ficou a ideia que nunca antes tínhamos visto tão poucos alevins, este ano havia muitos mais, verificamos que existiam peixes ainda por desovar.

Mas falando de pesca, este ano foi talvez o pior desde que pesco com o meu amigo Paulo.

Vimos alguns bons exemplares nesta jornada de dois dias, Sábado e Domingo, infelizmente para nós só ferrava raia miúda, peixe a sério só ao largo. Ao longo destes dias tentamos com uma variedade imensa de amostras, quer rígidas ou vinis, quer de superfície, meia-água ou fundo, demos atenção aos conselhos de Jaime Sacadura e mesmo assim foi difícil. A sonda marcava peixe a partir dos 10 a 15m, até ao 6m com a água límpida, de vez a vez lá se via bom peixe.

Só para avaliarem a situação, vou contar um dos melhores episódios desta jornada de pesca ao Achigã. Detectamos uma zona com bastantes ninhos, os pais estavam bastante perto com os alevins, deslocamo-nos até ao ninho e coloquei a amostra (salamadra - empate Texas) em cima do ninho, o Paulo afastou o barco mais ou menos 40m, passados dois ou três minutos lá apareceram os pais, o achigã estava a um palmo da amostra, dei-lhe um toque de ponteira e ele reagiu movimentando-se com alguma agressividade, disse para o Paulo "este está no papo", no segundo toque de ponteira o peixe deixou-nos perplexos, apenas ignorou passando por cima da amostra como se nunca a tivesse visto, com grandes gargalhadas quase que nos rendemos depois deste episódio.

Nunca tinhamos visto tantas embarcações em Castelo do Bode, ao cruzarmos com algumas delas, trocamos alguma impressões e o resultado era idêntico, peixe graúdo só ao longe.

Valeu pelo convívio e pelo desporto.

Desejo os parabéns à Filipa que voltou a brilhar nesta abertura capturando um exemplar de 3.100Kg e um abraço ao pai para continuar a confiar nos seus dotes de pescador, já agora gostava de ver esses peixes, acredito que tenham fotografias.

A todos os pescadores desejo as melhores pescarias nunca esquecendo o velho ditado "caça e pescarias querem horas e não dias"

Achigã - Tácticas para a abertura - Jaime Sacadura

Chegou mais uma abertura e temos que escolher, ou tentar, a melhor táctica para o local onde iremos pescar.

Vamos seguir com atenção os ensinamentos de um dos melhores pescadores nesta modalidade, Jaime Sacadura.

Depois da pós-desova, muitos achigãs estarão cansados das tarefas de postura e da guarda do ninho e dos alevins, logo estarão algo inactivos, a melhor abordagem será de uma forma calma e subtil, começando com amostras mais pequenas e que imitam presas mais fáceis de capturar.

As amostras e as técnicas a utilizar deverão imitar o tipo de presas existentes de acordo com a massa de água.

Os melhores locais para pescar serão certamente perto dos ninhos, isto porque, os achigãs podem permanecer bastante tempo perto das zonas de postura, isto é, zonas pouco profundas e protegidas normalmente abundantes em alimento, várias espécies de alevins.

A existência de vegetação perto das margens será outro factor a considerar, são áreas que conferem protecção aos alevins, logo excelentes locais para as emboscadas.

As amostras a utilizar dependem naturalmente do local de pesca, amostras de superfície como popper, de hélice e walkbaits semelhates a alevins animados com dois ou três toques de ponteira e longas pausas, em zonas abertas deveremos utilizar pequenos crankbaits, não esquecendo os spinnerbaits de pequena dimensão, em locais de vegetação cerrada a melhor escolha serão os jerkbaits moles e o empate Texas sem peso.

Como vamos pescar principalmente em zonas baixas, a apresentação correcta das amostras terá um papel fundamental, uma má apresentação da amostra na água fará toda a diferença, entre uma ferragem ou no afungentar do achigã, salvo se for mesmo por cima deste e como sabemos de acordo com o seu instinto territorial poderá ferrar imediatamente.

Eu pessoalmente vou seguir os conselhos aqui discriminados.

Para todos os pescadores, desejo uma excelente abertura 2009.

Torneio de Margem Ventura Silva / Probass e Mar / Marietel – TMN

Realizou-se no passado dia 1 de Março, na barragem do Enxoé, a primeira etapa do Torneio de Margem Ventura Silva / Probass e Mar / Marietel – TMN, o grande vencedor da prova foi José Carlos Solda com dois Achigãs com 44 e 47 cm.

Pedro Rodrigues venceu, no passado dia 14 de Março em Odeleite, a segunda etapa deste Torneio. Esta etapa foi um verdadeiro sucesso marcada pela captura de 60 peixes com tamanho superior a 27 cm, num universo de 26 pescadores a pontuarem nesta etapa.

Pescaria antes do Defeso

Aproveitando o último dia de pesca antes do defeso, combinei uma pescaria com alguns amigos (Paulo, Luís, Zé Manuel e João).
Estava um dia radioso, com bastante sol, a temperatura agradável e a ausência do vento melhorava a situação, pedir mais era quase impossível.
Dirigimo-nos para o nosso grandioso e verdejante Alentejo, mais precisamente para o distrito de Portalegre, o destino foi uma barragem concessionada a um clube de caça e pesca.
Chegamos ao local por volta das 07H15, como habitual iniciamos esta jornada como uma “bucha” acompanhada com umas “loirinhas”, enquanto estamos no repasto admirava-mos a paisagem e comentamos o esplendor da massa de água bastante grande e com excelentes características para a pesca em geral.
Todos começamos a pescar ao achigã, excepto o Paulo que preparou todo a material para pescar à carpa.
Cada um escolheu uma zona e começamos a jornada.
Depois de mais ou menos duas horas de pesca voltamos ao ponto de partida e constatamos que o ideal seria pescar-mos à carpa, visto que, tínhamos tentado várias técnicas, entre as quais empate texas e cranks, e achigãs nem vê-los, mas todos ficamos estupefactos com a imensidão de carpas visualizadas neste magnifico espelho de água, a mais pequena talvez 3 Kg, salvo erro.
Já devem de estar a imaginar o que aconteceu, talvez devido às temperaturas amenas para esta altura do ano o peixe já estava a preparar a desova, todos sabemos que o peixe não se alimenta nesta altura, e foi isso que aconteceu.
Cinco pescadores com dez canas, pescando à bóia e ao fundo, sem uma única picada.
Será que foi assim em todo o país, fica a dúvida.
Ficou registada a boa disposição do pessoal mesmo sem o peixe picar, de salientar as imagens que ficam na memória com grandes carpas a passear pela margem.

Torneio APPA - Marietel - TMN - Yamaha 2009

André Soares e Nuno Ezequiel venceram a 1ªEtapa do Torneio APPA em Santa Clara com um total de 9, 095 kg.

A dupla da equipa V&M / Damiki capturou o maior exemplar do dia e da prova, um achigã de 1,555 Kg.

A 2ª Etapa do Torneio APPA segue na Barragem de Castelo do Bode entre 11 e 12 de Julho.

Pesca ao Achigã – Análise das estruturas de madeira

De acordo com peritos da pesca ao achigã em zonas com madeira e árvores submersas, há muitos tipos de madeira disponíveis para os pescadores, mas é necessário saber olhar e analisar a melhor forma de pescar.
Pilhas ou amontoados de madeira;
A maior parte dos pescadores limitam-se a fazer diversos lançamentos de spinnerbaits e amostras de vinil, de diversos ângulos. Mas, se o pescador prestar atenção à profundidade e à posição do sol, então poderemos melhorar substancialmente o nosso grau de sucesso. As pilhas mais elevadas atraem mais peixe, especialmente se ficarem localizadas perto de um canal ou uma saída de um rio ou ribeiro, deve dar especial atenção às zonas com sombra nos dias mais ensolarados. As apresentações chave aqui são: spinnerbaits, crankbaits, jig e amostras de plástico mole.
Madeira disposta desordenadamente;
Neste tipo de formações de madeira existe vegetação aquática que funciona como protecção ao achigã e que este utiliza como esconderijo para os seus ataques de emboscada. Os lugares a examinar são ao longo da extremidade dessa protecção.Os pontos chaves a recordar são: não lançar para o corpo principal da formação de madeira, no caso das amostras submersíveis nunca deixar afundar demasiado, mantendo a linha tensa o suficiente para reduzir o risco de ficar presa.
Madeira disposta ordenadamente;
É composto por árvores caídas ou abatidas, deve analisar se a árvore terá caído recentemente na água. Uma árvore recentemente caída assemelha-se a uma vassoura, nesta situação, os peixes estarão posicionados em torno dos extremos principais da árvore. À medida que a árvore se decompõe, mover-se-ão para os ramos mais próximos do tronco. Um local ideal para a utilização dos spinnerbaits e jigs.
Árvores emergentes;
Identificadas pelas suas copas que furam para fora da água, um ponto importante a considerar é não apresentar a amostra muito longe da copa da árvore Os jigs e os spinnerbaits devem percorrer e entrar nesta cobertura de cada ângulo possível.
Árvores submergidas;

O ideal de todos os lugares, excelente para tentar ao amanhecer e entardecer, durante o início da Primavera e durante o dia no fim do Verão.

Nacionais de Pesca ao Achigã 2009

A Federação de Pesca Desportiva já apresentou o calendário para as competições a realizar em 2009.

Campeonato Nacional de Margem
- 07 e 08 de Março - 1ª e 2ª Provas na Barragem do Enxoé
- 20 e 21 de Junho - 3ª e 4ª Provas na Barragem do Carril
- 05 e 06 de Setembro - 5ª e 6ª Provas na Barragem dos Grous


Campeonato Nacional Embarcado
- 28 de Fevereiro e 01 de Março - 1ª e 2ª Barragem do Alqueva Paredão
- 06 e 07 de Junho - 3ª e 4ª Provas na Barragem de Castelo do Bode
- 10 e 11 de Outubro - 5ª e 6ª Provas na Barragem de Santa Clara


Boas pescarias para o Ano 2009